Eis a nossa limosine. A Mamãe comprou ela na véspera do meu nascimento. É um carrinho para levar dois irmãos. A cadeira posterior deita totalmente, e é onde eu vou ficar, porque de vez em sempre, como diria o Papai, eu gosto de tirar um cochilo; e a cadeira anterior, reclina e vira para frente, é onde a minha irmã ficará, pois isso permite que ela veja o caminho pela frente ou se vire para conversar comigo.
Esse carrinho não é tão fácil de se ver na rua. O comum é ver o carinho de gêmeos, que traz os dois bebês lado a lado. A Mamãe não quis comprar esse tipo de carrinho porque ele não passa em todas as portas (ele é largo) e porque a Carolina ficaria com o acesso facilitado a mim. O Papai e a Mamãe tem medo que ela possa me machucar. Eu disse a eles que a Carol era a minha irmã e isso nunca vai acontecer porque ela me amará pra sempre. E eles me responderam, copiando os versos de uma música, que ela me amará para sempre, mas sempre não é todo dia. Tive que concordar
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